O suco de laranja ficou mais caro, e quem gosta de tomar aquele copo no café da manhã já sente o peso no bolso. O preço da caixa de laranja para a indústria atingiu a máxima R$ 101,67 em outubro, e acumula uma alta de quase 4,5% no mês, segundo o Cepea. Esse aumento reflete diretamente no preço final do suco ao consumidor. Dados da inflação levantados no IPCA pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que em setembro, a laranja-pera acumulou alta de 62,51% nos últimos 12 meses.
O principal fator por trás dessa alta são a estiagem prolongada e o calor extremo que reduziram a produção de laranjas no Brasil, que é o maior exportador mundial de suco de laranja. O Fundecitrus revisou para baixo a estimativa da safra 2024/25, prevendo apenas 215,8 milhões de caixas – uma queda de 30% em relação ao ciclo anterior, o que agrava a escassez de oferta. Além disso, os frutos estão menores, o que afeta a quantidade e a qualidade do suco.
Outras regiões produtoras, como o México, também enfrentam dificuldades, o que eleva ainda mais os preços globais do suco. Em Nova York, o preço futuro do suco de laranja chegou a US$ 5,5/lp, renovando recordes históricos
A tendência é que os preços continuem altos nos próximos meses. O Rabobank projeta que a recuperação da produção será lenta, mesmo com a chegada das chuvas. Até o primeiro trimestre de 2025, a oferta de suco no mercado global deverá seguir restrita, e os preços, elevados. Para o consumidor, isso significa que o suco de laranja deve continuar caro, enquanto os produtores tentam garantir a boa produção e rentabilidade.