As queimadas dos últimos dias no interior de São Paulo deixaram um rastro de destruição. Os incêndios tomaram conta de grandes áreas na região de Ribeirão Preto e provocaram perdas severas para o agronegócio, principalmente em canaviais. Outras culturas também foram atingidas. Pelo menos 36 cidades estão sendo monitoradas e em alerta máximo para as queimadas.
Muitas usinas estão divulgando comunicados com recompensas. É o caso do grupo moreno, que pagará R$ 30 mil para obter informações sobre atos intencionais de fogo em áreas de cultivo de cana-de-açúcar e vegetação nativa. A Colombo Agroindústria está oferecendo recompensa de R$ 15 mil para quem oferecer provas que levem a prisão de quem cometeu incêndios criminosos nos canaviais. A Usina Santa Adélia publicou nota de repúdio aos incêndios criminosos e está oferecendo recompensa de R$ 20 mil.
As condições na região de Ribeirão Preto nos últimos dias eram de altas temperaturas, seca e ventos fortes, o que contribuiu para as queimadas. No entanto, há fortes desconfianças sobre ação criminosa e coordenada que precisa ser seriamente investigada.
Diante de acusações infundadas de que o agro estaria causando as queimadas, a associação dos plantadores de cana do oeste do estado de São Paulo informa que os incêndios não são provocados pelos produtores de cana-de-açúcar e tampouco Usinas. E esclarece: desde 2017 foi extinta a queimada como método de colheita da cana no estado.
O governo do estado de São Paulo já anunciou um crédito emergencial de R$ 10 milhões para o agro, com recursos de até R$ 50 mil a juro zero destinado ao custeio e recuperação da produção. É um começo, mas o setor precisará de mais diante de prejuízos incalculáveis até o momento.