Plano já começou a ser desenhado, mas fontes do Ministério da Agricultura afirmam que há indefinições sobre juros até o momento
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve anunciar hoje a manutenção da Selic em 13,75% ao ano. A alta taxa básica da economia voltou a ser atacada pelo presidente Lula, que criticou o Banco Central e o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Forçar a queda dos juros para tentar reequilibrar as contas públicas é o contrário do que deve ser feito, já que o equilíbrio fiscal é que leva à redução de juros. O anúncio do arcabouço fiscal do governo ficou para depois da missão na China, que acontecerá neste fim de março. Até lá, o agronegócio busca pistas de como serão os juros do Plano Safra na Era Lula. Fontes de dentro do Ministério da Agricultura me informaram que o cenário é de indefinição sobre as taxas no momento.
Entidades ligadas ao agro como a Federação da Agricultura do Paraná estão pedindo cerca de R$ 400 bilhões para 23/24, aumento ao redor de R$ 60 bilhões em relação à 22/23. Para conseguir esse volume, o ministério da Agricultura precisará ter o Ministério da Economia como aliado. A negociação será um momento importante para entendermos a relevância dada ao agro pelo atual governo.