O programa Hora H do Agro deste sábado, 12, abordou os impactos que um plano apresentado por gigantes do agro na COP 27 deve trazer ao setor de soja e pecuária bovina. Durante o evento internacional, companhias como JBS, Marfrig, ADM, Bunge e Cargill revelaram como irão trabalhar para reduzir as emissões de gases gerados pela agropecuária.
À jornalista Kellen Severo, o coordenador do observatório de bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Daniel Vargas, classificou o plano como extremamente ousado e com alto grau de exigência. Já o assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) explica que o plano apresentado cria uma data de corte de 2020 e afirma que toda área aberta para a pecuária a partir deste período não poderá fornecer para os frigoríficos que assinaram o documento. Na soja, a data limite será 2025 e a medida inibirá o avanço de conversão de florestas em agricultura especialmente no Cerrado.
Outro tema que esteve em destaque foi a proposta apresentada pelo governo de Goiás que cria um fundo de infraestrutura com a contribuição financeira da agropecuária. O governador do estado, Ronaldo Caiado, conversou com exclusividade ao Hora H do Agro e explicou os principais pontos do projeto de lei. O setor agro rejeita a medida e a classifica como uma nova taxação do setor.