Um caso da doença de Newcastle em uma granja comercial no Rio Grande do Sul gerou a suspensão, preventiva, de exportação de produtos avícolas do Brasil para mais de 40 países. Entre eles a China, um dos maiores compradores brasileiros.
O governo federal está avançando nas negociações com os clientes internacionais para que a retomada das exportações ocorra rapidamente. No caso da China, o secretário de relações internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, me disse que a China pediu informações adicionais e ainda nesta semana pode ter a resposta sobre a liberação do mercado.
A Europa já reabriu compras para o resto do Brasil, com exceção do mercado do Rio Grande do Sul. E a expectativa do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, é que haja uma retomada gradual de outros mercados nos próximos dias. A Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul aponta que não houve suspeitas de novos focos da doença de Newcastle e as três investigações que foram analisadas em laboratório deram resultado negativo. Até o momento, segundo o Itaú BBA, ainda é cedo para observar variações de preços, mas o evento é baixista para as cotações da proteína pelo possível aumento da oferta no mercado doméstico. Sem confirmações de novos casos, há chance do estrago para o mercado ser menor e a retomada das exportações ser regularizada em breve.
Governo, iniciativa privada e avicultores estão empenhados na mesma direção: dar transparência ao mercado sobre as questões de biosseguridade e com isso retomar o mais breve possível o comércio, principalmente por se tratar de um caso isolado da doença.