Como adiantamos, o governo confirmou a divulgação do Plano Safra na próxima semana. Dia 25 deverá ocorrer a cerimônia para a agricultura familiar e dia 26 para a agricultura empresarial.
O Plano Safra é a principal política pública destinada ao agronegócio com linhas de crédito e taxa de juros subsidiada para algumas categorias de financiamento. Os recursos se dividem em linhas para custeio e investimento.
A grande expectativa ocorre para o volume de recursos que será destinado ao plano e as taxas de juros. Nesta semana, o ministro da Agricultura, Carlos Favaro, afirmou que há um contrassenso em pedir aumento de orçamento do Tesouro Nacional para gastar com a equalização de juros do crédito rural em momento de dificuldade fiscal do país. A demanda do agro é para R$ 21 bilhões para subvenção das taxas para custeio, investimento e comercialização. Na temporada atual o valor ficou em R$ 13 bilhões.
Sobre os juros, a taxa básica de juros está em 10,5% agora e na mesma época do ano passado estava em 13,75%. O assessor do ministro de agricultura, Carlos Augustin, disse em entrevista aqui na Jovem Pan que as taxas de 4%, 6% e 8% ao ano não devem ter redução. Mas, as demais sim. Perguntado se todas as taxas ficaram abaixo de 10% ao ano, ele disse que é improvável.
O governo pretende retomar a ideia do custeio sustentável com taxas de juros mais baixas para quem comprovar boas práticas agrícolas. A medida lançada no ano passado não saiu do papel e deve voltar outra vez. Além disso, é esperado algum incentivo para o plantio de culturas como arroz, feijão e milho. No entanto, o incentivo não deverá ser via taxa de juros baixas, mas através de contratos de opções ou políticas de preço mínimo.
O pedido de entidades do setor é de R$500 bilhões em recursos para o Plano Safra. O pacote ainda está sendo desenhado e os últimos detalhes devem ser fechados nos próximos dias. Até lá, segue a expectativa e alguma torcida para que venha um plano melhor do que dos últimos anos.